Estou há uns dois meses querendo escrever algo sobre este álbum que foi lançado no dia 06 de Abril e que é fatalmente um dos melhores que escutei nos últimos anos. Pode parecer exagero, mas garanto que não é.
Slash é o álbum solo recém-lançado do guitarrista de mesmo nome e que é amplamente conhecido no show business, não só pelos amantes de Hard Rock, mas sim por todos que tenham seus ouvidos funcionando. Na verdade, nem precisa ter ouvidos para conhecê-lo. Sua marca registrada, a épica cartola e sua cabeleira que o acompanham desde os primeiros anos do Guns, são até mais conhecidos que alguns de seus solos mais tocados no mundo.Estou aqui exatamente para falar sobre este trabalho, que já era esperado a mais de dois anos, quando do lançamento do seu livro Biografia no fim de 2007, quando ainda excursionava com o Velvet Revolver (que, teoricamente não acabou) com seus companheiros ex-Gunners, Duff McKagan e Matt Sorum, Scott Weiland (hoje de volta ao Stone Temple Pilots) e Dave Kushner na guitarra-base.
Como principal arma para fisgar todos os gostos musicais, Slash chamou artistas de peso do Metal ao Pop, e que se encontram em evidência na cena “mainstream” atual. Fergie (Black-eyed peas), Ozzy Osbourne, Chris Cornell, Iggy Pop e Kid Rock, são apenas alguns dos nomes presentes no seu álbum. Todos os artistas que participam também tiveram parte nas composições, não só das letras como das harmonias em si.
As canções:
Ozzy Osbourne. Confesso que no início não curti tanto a música por não entendê-la da forma correta. Obviamente, depois de uma introdução como a da faixa de introdução, esperava que o ritmo fosse tão frenético quanto. Mas o grande lance de “Crucify the Dead” é o refrão grandioso e aquela que chamamos de “parte diferente da música”. No final das contas é até meio que viciante por causa da voz de Ozzy, principalmente.
Em seguida vem “Back From Cali” cantada por Myles Kennedy, ex-Alterbridge. Fatalmente uma das melhores vozes do rock de hoje. Não é à toa que a turnê mundial deste álbum provavelmente será cantada por ele. Mas que fique claro que tal turnê terá também músicas antigas do Guns, Velvet Revolver e Alterbridge. O que nos deixa a pergunta de “quantas horas serão necessárias para se fazer um bom show, e que agrade a todos”. Mas este é outro assunto.“Promise” com Chris Cornell nos vocais é inquestionável quanto a sua qualidade. Apesar de, há não muito tempo ter lançado um dos piores álbuns que já escutei ("Scream" com produção de Timbaland), ele mostra que foi apenas um lapso de decência ao chegar cantando "Promise".
O Riff da introdução é contínuo e nada hard-rock, o que deixa claro a versatilidade de Slash neste álbum. Chris Cornell, que não precisa provar sua voz pra ninguém (e nunca precisou), mostra que faz jus à fama de bom cantor e compositor.

Em seguida temos Kid Rock com “I Hold On”. Eu não curto muito a pessoa Kid Rock, mas não tem como negar que o cara canta muito. Experimente esta balada-country-hard-rock.
Uma observação importante é que existe uma faixa que foi gravada porém não está no álbum. Tal faixa possui os mesmo arranjos de “Nothing to Say” porém com o nome “Chains and Shackles” e algum tom abaixo. Além disso é cantada por Nick Oliveri, ex-Queen of the Stone Age. Achei está faixa muito louca. Apesar de ter gostadi, é difícil ser tragada por qualquer um.
“Starlight” com Myles Kennedy de novo
“Saint is a Sinner Too” com Rocco De Lucca (a segunda melhor música do álbum – ou terceira?)
“We’re All Gonna Die” com Iggy Pop (na mesma linha ortodoxa rock ‘n roll e direta de “Mr. Alibi”)
“Paradise City” versão com participação de Fergie e Cypress Hill – Excelente!!!
“Baby Can’t Drive” com Alice Cooper e Nicole Scherzinger (conhecida pela patys com gosto musical duvidoso por cantar no Pussycat Dolls).